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Mais de metade das PME espera que faturação além fronteiras cresça em 2017

2017-02-21
Mais de metade das PME (63%) abrangidas por um estudo da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, considera que a faturação gerada pela atividade internacional vai crescer em 2017.

O estudo "Um olhar sobre a internacionalização das PME", elaborado pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, em colaboração com o E-Monitor, uma plataforma de conhecimento que visa compreender a realidade sobre as PME, destaca o facto de 63% das 873 empresas que responderam ao inquérito indicarem que "o volume de negócios gerado pela atividade internacional vai crescer este ano".

Metade das PME (49%) respondeu que vai aumentar o investimento na internacionalização, enquanto 34% sinalizaram que vão manter o mesmo nível de investimento além-fronteiras durante este ano.

Cerca de 80% das empresas registadas com respostas completas (873) referiram que já se internacionalizaram, "uma amostra estatisticamente relevante das PME internacionalizadas", realça o estudo.

No que diz respeito à distribuição geográfica, "a amostra é próxima da territorialidade do tecido das PME portuguesas", com Lisboa a representar 42,7%, o Centro 20,3%, Porto 13,6%, Setúbal, Alentejo e Algarve 12,9%, Norte 9,9%, Madeira 0,3% e os Açores 0,2%, refere o documento.

Ao nível dos sectores, 30% são empresas industriais (das quais 10% são indústria agroalimentar e 5% indústrias ligadas ao vestuário e calçado), outros 30% são empresas de serviços, 15% são de comércio a retalho e 25% são empresas de sectores como Transportes, Alojamento e Serviços de "Porta Aberta".

O inquérito realça que se está perante um processo de internacionalização de Empresas, na sua "imensa maioria" de pequena dimensão, eminentemente familiares e em que os acionistas e a gestão se confundem. Cerca de metade das PME cujos responsáveis responderam ao inquérito afirma ser dona/acionista da empresa em análise.

Além disso, 42% dos inquiridos admitiu ter-se internacionalizado para crescer em complemento da sua atividade no mercado interno, enquanto 33% afirmou que a internacionalização visou o crescimento num contexto de saturação ou declínio do mercado nacional. Apenas 24% das PME referiu como motivo da internacionalização o tentar compensar a quebra da faturação da atividade no mercado português.

Os resultados evidenciam igualmente "um forte espírito de empreendedorismo internacional" numa grande parte das empresas, com cerca de 42% das inquiridas a sinalizar que "nunca encarou o mercado interno como sendo o seu único mercado". Nesse sentido, 35% das empresas refere estar em mais de cinco mercados, 53% entre um e cinco mercados e 8% em mais de 20 mercados.

Fonte: Público

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